Palavras com vida: julho 2009

Passeio cultural...

Estação Litoral da Aguda - na praia da Aguda, perto do antigo local de férias de Sophia de Mello Breyner Andresen. Aqui poderás ficar a conhecer um pouco mais sobre a vida marinha e também sobre a actividade piscatória da zona.

As férias de Sophia...

Era nesta casa, na praia da Granja (perto do Porto), que a escritora passava as suas férias. Aí lhe surgiu a inspiração para muitas das suas obras.

Ler mais poemas

Procura o livro abaixo indicado na Biblioteca da Escola:

Depois escolhe um poema para dizeres na aula de Língua Portuguesa. Para saberes mais sobre a autora, clica sobre a capa do livro...

Vamos fazer poemas?

Aqui estão vários poema de Luísa Ducla Soares:

A força das palavras

Juntei várias letras -
escrevi um letreiro.

Acendi as brasas -
que grande braseiro!

Soltei quatro berros -
armei um berreiro.

Juntando formigas
fiz um formigueiro.

Será que com carnes
se faz um carneiro?

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Poema em P

A Paula
pede a paz.

Os pardais
os peixes
os pandas
as plantas
as pedras
pedem a paz.

Os palhaços
os polícias
os pintores
os padeiros
os poetas
pedem a paz.

Os prédios
as praias
os pastos
as pontes
as piscinas
pedem a paz.

O planeta
pede a paz.

Políticos,
não ponham na panela
a pomba da paz.

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Perguntas

Os ladrões vivem
nas águas-furtadas?

O peito do pé usa soutien?

Em que carpintaria funciona
a Serra da Estrela?

Quando se come um prego,
fica-se com ferrugem na barriga?

Em que mês aparecem
andorinhas no céu da boca?

O Sumo Pontífice é feito
de que sumo?

Em que guerra foi usado
o peixe-espada?

Gostaste do que leste? Então agora é a tua vez de criares os teus poemas, tendo como inspiração os versos de Luísa Ducla Soares...

A fauna marinha

É comum na poética de Sophia um vocabulário que se reporta à natureza e às sensações: "mar", "animais", "flores", "cavalo-marinho", "polvo", "areia", "brancos pavores" e "mundo silencioso". Queres saber mais sobre os seres que habitam no fundo do mar?

Segue este link e descobre alguns habitantes de um mundo fantástico...

Um poema de Sophia sobre o mar...

Fundo do mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.

(in "Poesia I")